Paulo Bagunça e a Tropa Maldita [1973]

UMA BRISA esse disco. Coração puro comido com farinha, feito pra ser ouvido em dias e noites bonitas.
Infelizmente a última faixa (Cristina) está defeituosa, pois parece haver somente um rip que circulou pela internet, que é o que disponibilizamos aqui.

Recentemente um vinil foi reeditado, podendo ser encontrado em lojas como esta.

Boa bagunça! 


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por Fernando Rosa

Em 1974, o selo Continental lançava um disco estranho, com o nome da banda bem grande na capa: 'Paulo Bagunça e A Tropa Maldita', que fez especialmente a cabeça da galera roqueira. Em tempos de ditadura, a expressão "Bagunça" já era uma certa provocação; "Tropa Maldita", então, nem se fala. Mas, o mais intrigante era mesmo o som dos caras, que a mídia da época classificava de "pop eletrônico". O disco acaba de ser redditado em CD por um selo argentino chamado Mariposa Discos, e já está à venda em diversos sites da internet. O registro original, da gravadora Continental, foi lançado em 1974 sem grande repercussão, sendo encontrado em sebos baratos do país até meados dos anos oitenta.

Paulo Bagunça e A Tropa Maldita eram freqüentemente apresentados, por volta de 1972, como "os crioulos do Harlem carioca" que poderiam abrir novas perspectivas para a música popular brasileira. Tanto na musicalidade, depois expressa em seu único disco, quanto na origem social a afirmação correspondia a realidade que envolvia a vida da banda. A Cruzada São Sebastião, de onde vieram, era uma espécie de favela melhorada, com dez blocos de apartamentos conjugados de dez andares, sem elevador, encravada num dos bairros mais sofisticados do Rio de Janeiro. Num desses apartamentos, no sétimo andar de um dos prédios, a banda ensaiava e escrevia sua história. 
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Faixas

1. Apelo
2. Grinfa Louca
3. Olhos Risonhos
4. Microfones Metálicos
5. Tramba
6. A Mente
7. Olhar Animal
8. Madalena
9. Mensageiro
10. Cristina 

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